quinta-feira, 23 de abril de 2020

Lua Cheia




Ensejo na claridade do luar
o olhar da noite cintilante.
A Lua destina-se a reinar,
remanesça nas trevas, o horizonte e o mar,
eternamente efémera amante!

Sua flamância me estonteia,
minha alma incendeia, quero a ter!
A Lua cheia de mim, numa praia sem areia,
num amor sem sabor. Eu, um lobo sem alcateia,
que sem a Lua cheia, não tenho nada para viver.

Que te deixe em paz!


Senti como mudava,
Como atuava ou como te amava!
Tínhamos perdido a magia do um
O algum era agora nenhum.
Pululavam pelo ideário
Beijos esquecidos do antiquário
Um abraço ordinário não calava
Minha alma que amargava e chorava
Gritava, prantava, ecoava a sorrir!
Tuas lagrimas baixo o meu sinto
Que eu já não sinto como meu,
Que o impunha, e não minto
Quando digo que não o sinto!
Teu corpo cicatrizou de amor!
Gritos de dor, camuflados pelo gemer
Muitas vezes sem prazer.
Quanto daria por voltar-te a ver,
Por voltarmos a ser
Um!
Na nossa Paz!
Mas o nosso amor
Só tem sabor
Ou sentido com dor,
Ou se te deixo em Paz!

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Grande

Jamais um homem
Noviço no que ama
Sorve dos que escondem
Érege e não pecador
De trevas absoluto!

Nada em ti ou em nós
Mas nada dos outros
Tangente de si mesmo
Mordiscos da vida
Amortecendo a morte

quinta-feira, 9 de maio de 2019

És amor

Se te preguntas :
Amor?
Como és?
Existes?
Um sentimento... Existe ?

O amor existe... Quando se personifica!
Quando mata... A solidão !
Quando se transforma num braço ...
Que te arranca da escuridão!
Quando te dá vida... Enquanto morres!
Quando te pára  ....e acelera o coração !
É sentir essa emoção ... É AMAR...
ÉS TU!

quinta-feira, 21 de março de 2019

Funeral de um pobre vivo

Lúgubre lugar
Onde a solidão reina
Nao por so estar
Ou por nao saber amar
So por que teima!

Vida morta me toca viver
Ausente esperança
Vivo sem querer
Sem ter, querer ou poder
Porque viver também cansa

sexta-feira, 15 de março de 2019

sábado, 9 de março de 2019

Futuro


Há em mim um pobre mendigo,
Mas tão rico com um caso de amor,
Nos bolsos d'alma, o quanto não digo,
Só digo que por dentro é acolhedor!

Há quem não tenha uma vez chorado,
E com o choro alegre, regado uma flor!
Há quem não tenha uma vez ajoelhado
E feito o pedido: Quer casar comigo amor?